8 de abril de 2008

Redes (anti) Sociais

Tudo era bom, e azul, e calmo como sempre, até que um nego inventou o Orkut. Criaram-se conceitos para explicar, ferramente, rede, inovação, vamos todos pagar pau para o Orkut, afinal, o Google vai comprar. Comprou. Sucesso escandalizante. Não existe outro assunto no mundo.

Qual o seu orkut? Tá na comunidade do Chaves? Vi a foto do seu perfil e gostei de você. Pode me add? Vamos todos dar as mãos e brincar de Orkut. O sucesso gerou clones. Melhores, piores, diferentes, iguais, my space, tagged, facebook, sei lá mais quantos e com que funcionalidades. Era o boom das redes sociais. Um dia eu tava vendo The Big Bang Theory e um nerd pergunta para o outro: quantos amigos você tem? E ele: 478 no My Space! E quantos você já viu pessoalmente? Pausa e risadas da claque.

Meu círculo de amizades conta com umas 40 pessoas. Bem menos que Orkut, Twitter, Facebook ou whatever. Isso porque eu não entro em todas as redes que me convidam e nem participo ativamente das que já estou. Porque eu acho que é exatamente isso que o nerd fez piada. Amigo prá mim é o que vai comigo no boteco, pede ajuda quando precisa ou me ajuda quando eu preciso, que a gente se vê, se fala, sabe como é a cara de ver ao vivo, e não pela foto no profile.

Eu acho que o cara que está trancado em casa, abduzido na frente de um computador, mesmo que seja em uma rede social, é um cara anti-social. Então, se é a rede que faz isso com ele, é uma rede anti-social. Nesse caso, a melhor coisa é aproveitar o conselho do Ballona e ter uma vida!

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