6 de abril de 2008

China

Tudo que é lugar que passa a tocha olímpica agora, tem alguém querendo fazer uma graça qualquer para "protestar" contra a China e a repressão ao Tibet.

Claro que eu acho que tem que fazer alguma coisa, até porque em lugar nenhum do mundo, seja na Venezuela, no Brasil, na China ou no Tibet, um regime opressor é bem visto. Todo mundo sabe que o regime chinês é comunista, um partidão totalitário que manda e uma massa gigantesca de gente que obedece, porque senão corre o risco de perder a vida, a família ou os bens que tem.

A turma que trabalha comigo foi na China. Em tudo que é lugar, tem o olho do partidão comunista. A instrução parece que é assim: Povo chinês, a livre iniciativa tá liberada nos negócios. Pode fazer o que quiser, vender prá quem quiser e juntar o tanto de grana que vocês conseguirem. A única regra continua sendo que quem manda nessa joça, somos nós, comunistas. E os caras parecem ter topado. Os caras foram em várias fábricas, mas sempre acompanhados de algum representante do partido e um intérprete. As tentativas de falar direto com os chineses, em inglês, eram fortemente desencorajadas.

A outra coisa que foi percebida: tem 1 bilhão de chineses lá. Alguns já bastante endinheirados. O que se produz na China é facilmente consumido na China. Daqui a pouco, nego vai continuar protestando ridiculamente contra as olimpíadas na China, os chinas vão encrencar e parar de fazer coisa para o país que tá protestando. Afinal, se os caras usam a força sem pestanejar, não dói nada usar a força econômica que agora eles tem.

Lugar de resolver o lance do Tibet com a China é na Onu, na mesa de negociação. Tá achando que pode sacanear os chineses na olimpíada, treina e ganha deles lá, na mesa de ping pong.

Nenhum comentário: