16 de outubro de 2008

Paul para Presidente - de novo

Mas dessa vez não quero ser presidente do Brasil. Quero ser presidente da CBF. E não é prá ficar rico, que nem todo mundo que entra prá trabalhar com futebol. Tá certo que se ficasse não ia achar ruim, desde que fosse de forma lícita.

Como todo mundo sabe, o caos no futebol brasileiro é estrutural. Então, minhas medidas como presidente seriam para atacar essa estrutura. Então, olha só que bando de idéia batuta.

1 - A não ser que o clube tenha um dono, de fato e de direito, tem que ter eleições para presidente do clube, com eleição direta pelos sócios e também com limite de reeleições de no máximo 2 mandatos de 2 ou 4 anos. Nada de nego que fica 60 anos mandando no clube. Se não cumprir isso, não disputa campeonatos da CBF, não é reconhecido pela entidade e, consequentemente, pela FIFA. Já se o clube tem dono, ele faz do jeito que quiser, visto que se o clube perde dinheiro, quem está perdendo é ele, como manda o figurino. Acho que uma medida dessas ajudaria a fazer com que os dirigentes pensassem mais no clube e menos no próprio umbigo.

2 - As federações estaduais teriam que trocar o comando a cada 4 anos, em eleições diretas com os representantes dos clubes e em anos que não tem eleição para presidente da CBF, para não mudar todo mundo junto. Os presidentes dessas federações elegeriam o presidente da CBF e ninguém, nem os estaduais e nem o da CBF, no caso eu, teria direito à reeleição. Ou no máximo, uma reeleição, mas aí com mandatos de 3 anos.

3 - Ligas independentes e associações de clubes: com uma federação honesta e funcional, não faz sentido ter representações paralelas. Se quiser ter, tenha, organize tudo por conta e risco, mas não será filiado das duas. Democracia é legal, mas em terra que todo mundo manda, ninguém obedece.

4 - Finalmente, a seleção. Que todo mundo reclama que perdeu a identidade com o brasileiro, que não joga nada e que os moleques só pensam em grana e balada. Pois é. Reflexo da falta de controle que deixou o futebol nessa zona. Então, primeira coisa. Para definir o técnico, que como diria o Luxembugo teria a função de MANAGER, eleição. As federações votam e a CBF fica com o voto de minerva. Uma vez eleito, ele vai, além de dirigir do time em campo, montar uma equipe, CONTRATANDO os jogadores. Sim, os jogadores da seleção passariam a ser da CBF, que seria dona dos direitos dos jogadores. O princípio é montar um time, sem essa ladainha de que futebol é momento e tal. Já disse isso, não tem que ter só os melhores, tem que ter os caras certos. Então, o objetivo é a Copa do Mundo? Monta-se um time que vai ser o mesmo por 3 ou 4 anos. 25 jogadores contratados da CBF, que são um time, treinam juntos, jogam juntos e sem essa esparrela de não ter tempo para treinar. Sei que a seleção não joga toda hora, então tem que manter esses caras em atividade. Empresate-se esses jogadores para times preferencialmente brasileiros, que em contrapartida, liberam o jogador para treinos com a seleção duas antes de qualquer compromisso em datas oficiais da FIFA. No caso de competições como Copa América e Copa das Nações, dois meses antes e Copa do Mundo, três.

Sei que muita gente perguntaria: Pô, mas aí compra o Ronaldinho e na hora de jogar o Alex tá muito melhor que ele. Na boa, um time, treinado e acostumado com os seus componentes, joga mais que um amontoado de craques. Acho que isso já está mais que claro, com o exemplo que a gente tem. Futebol é conjunto, e se 11 pernas de pau vão mal, 11 caras que sabem jogar e jogam sempre juntos vão melhor que 11 craques que não se vêem, não se falam e muitas vezes nem se toleram, por conta de vaidades.

É uma pena ver o único esporte que deixa gente rica no Brasil nessa merda, enriquecendo os caras errados e indo para o buraco...

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