2 de outubro de 2008

A Crise Americana

Como todos sabem, não sou de colocar aqui coisas que recebo por e-mail. Mas essa explicação de como "funciona" a crise americana é tão boa que resolvi postar. Claro, dei uma mexida no texto, para ficar mais com a minha cara.

É assim:

O seu Biu tem um bar na Vila Carrapato e decide que vai vender cachaça "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito, tipo a TAC e a taxa de cobrança que os bancos cobram da gente).

O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível e começa a adiantar um dinheiro ao estabelecimento, tendo a pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO , CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu).

Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, o Bar do seu Biu vai à falência e toda a cadeia se fode.

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