Taí um negócio que se existisse a sério no Brasil, não só para tomar dinheiro dos coitados que estão desempregados e desesperados porque não tem como sustentar a família, talvez eu contratasse.
Eu quero muito entender um negócio que vem me tirando o sono ultimamente, que é: Onde eu estou errando?
Um amigo me disse um dia: o problema é carregar o piano bem demais. Você fica com fama de bom carregador e nunca é convidado para subir no palco e dar o espetáculo. Faz sentido, mas se carregar mal o piano, além de tudo, fica sem a vaga de carregador.
Por outro lado, se minha carreira profissional até agora tem sido "redondinha", também não tem nenhum pico, um ponto alto que possa ressaltar como fora da curva da ascensão profissional.
Mas o que me deixa chateado e (principalmente) preocupado, é o fato de não ter sido ouvido ultimamente. Tenho trocentos anos de mercado fazendo exatamente o que eu faço hoje e muitas vezes, mais do que eu faço hoje. Só que na hora de tomar alguma decisão, entender como as coisas funcionam e tentar traçar um rumo melhor para o negócio, em vez de me perguntarem, perguntam para pessoas de fora que notoriamente não entendem do negócio e não sabem do que estão falando.
Não sei se falta ou se sobra agressividade de vez em quando, não sei se é o fato de carregar o piano ou que merda acontece, mas o fato é que muitas vezes a solução está aqui, na ponta da língua e ninguém me pergunta. E o pior: nem ouvem se eu falo.
Lembro de um filme que vi uma vez, chamado Becoming Dick, que é a história de um cara que acha que a chave para fazer sucesso é ser escroto (dick). Vai ver é isso. Eu sou um cara legal.
And nice guys never come first.
9 de setembro de 2008
Consultor de Carreira
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Um comentário:
A intimidade afasta o respeito, pelo menos para muitos.. Assim, "prata da casa" só serve para o trivial. Se for muito bom poderá até afinar o piano além de carrega-lo. Neste país bombeiros são chamados para apagar incêndios, nunca para preveni-los.
Postar um comentário