5 de novembro de 2008

Se cá fosse como lá...

Tem dias que eu acho que nego só fala mal do processo eleitoral dos US&A porque se aqui fosse como é lá, talvez não tívessemos o presidente que temos. Isso porque lá se leva em conta o tamanho e a importância de cada estado que compõe o país na hora de escolher o presidente. Por exemplo: Nova Iorque é mais importante, em termos populacionais e econômicos que Dakota do Norte. Então, NY indica 31 caras para votar no presidente e Dakota do Norte, 3.

Se fosse igual aqui no Brasil, São Paulo teria mais peso do que quem está na Bahia, por exemplo. Aliás, São Paulo, Minas e Rio seriam os estados com mais peso na decisão. Como são na economia do país. Isso quer dizer que quem ganhar nesses 3 estados seria o presidente eleito? Provavelmente, mas não necessariamente.

O principal argumento de quem é contra esse sistema é que o voto de quem está na Bahia valeria menos do que o de quem está em São Paulo. Sim, é uma visão. Por outro lado, o voto de quem é responsável por 31% do PIB do País, ou seja, quase 1/3 do PIB de um país que tem 27 estados, deveria mesmo ter mais peso de quem é responsável por 4% do PIB. Se mantermos a proporcionalidade pelo PIB, claro que é injusto. A região Sudeste tem, sozinha, 54% do PIB do país, e conseguiria eleger um presidente independente se o outro candidato ganhar nos outros 23 estados.

A fórmula para decidir o colégio eleitoral brasileiro deveria levar em consideração outras variáveis, como população, talvez, mas isso é uma coisa que não vai mudar.

Claro que eu acho que o sistema brasileiro não vai mudar e, mesmo que mude um dia, não chegará nem perto de como é por lá. Porque por aqui, a maioria leva, sempre foi assim e é difícil demais de mudar isso.

Mas que seria divertido ver como seriam os resultados por aqui se o sistema fosse como lá, isso seria. Acho que vou simular em 2010.

E claro, que vou ganhar a eleição! :oP

Um comentário:

Anônimo disse...

mativermos, não "mantermos" =D

sou contra essa mudança. eu acho mais justo que o presidente seja eleito por maioria de votos, não por maioria do pib. ainda mais no brasil, tão desigual. imagina se todos os presidentes fossem eleitos pelo sudeste? só governariam pelo sudeste, o resto do país ficaria totalmente abandonado. mais ainda do que já é (e era muito mais há dois)