11 de agosto de 2008

A resposta impossível

Desde quinta, todo mundo me pergunta: E aí, como foi? Como é ser pai?

A primeira pergunta é fácil de responder: foi tudo bem, tecnicamente. Os médicos são bons, o hospital é de primeira linha, a gente tinha todas as pessoas mais competentes que encontramos para cuidar da gente por perto.

Já a segunda...

É a maior viagem. Eu sempre falava para a Dé que ela já era mãe, mas que o pai só se dá conta a hora que vê a criança e tudo mais. Nem eu imaginava que estava tão certo. A hora que o Pedro colocou a cabeça prá fora da barriga da mãe, virou uma chave, apertou um botão, abriu um vórtice temporal, aconteceu alguma coisa e, 17:13hs do dia 07/08/08, nada mais importava nessa vida, só ele. O mundo inteiro tinha, para mim, 50cm e 3.710Kg. Nessa hora, parecia que eu nunca tinha gostado de nada. Pai, mãe, esposa, tio, tia, irmã, sobrinho, cachorro, video game, time de futebol, nada. São pessoas e coisas que eu sempre "apreciei". Meu filho é a maior expressão de como é amar uma pessoa. Como disse um amigo: "Se na hora te falassem que prá ele ficar legal tinham que cortar 5 dedos da sua mão?" e eu falei "Ia pedir para cortar das duas, só prá garantir". E o sentimento é esse mesmo. Nada no mundo é mais importante que ele. Nem eu.

A primeira coisa que eu escrevi, prá avisar a família, ainda dentro da sala de parto, foi para a minha irmã e para a minha cunhada: "3k710g eh a coisa mais linda que eu ja vi".

É isso.

2 comentários:

Padu disse...

E sabe o que o que é melhor para o "nôninho feliz"? Ver os filhos curtirem as sensações que teve ao ser pai...:~)(E, claro, reviver tudo isso com os netos.)

Fábio Yabu disse...

E que bochechão lindo, meu Deus do céu!!!!!!! :D