16 de abril de 2008

É mais triste do que eu achava...

Eu gosto de dar pitacos em tudo. Falar de tudo e de nada ao mesmo tempo. Afinal, loteei esse pedaço da internet e falo do que eu quiser e não falo do que eu não quiser.

Introdução introduzida, vamos ao assunto:

Eu estou com o saco cheio da cobertura ridícula e do comportamento mais ridículo ainda da polícia sobre o caso da menina que caiu / foi jogada da janela. Que eu não escrevo o nome porque eu não quero usar isso para nego me achar no google. Tá tudo errado. Não era prá ter esse circo, não era prá nego sair "apostando" quem foi ou deixou de ser, não era prá ter transformado essa coisa toda em uma história que pode dar uma merda ainda maior do que a que já aconteceu. Vejo uma multidão em porta de delegacia querendo agredir um ou outra e fico pensando: o que essa turma é da menina? Por que esses vagabundos estão lá, em vez de cuidar da própria vida? Como essa frescura vai ajudar a descobrir o que aconteceu? Podiam deixar quem tem que trabalhar fazer isso, depois cobrar a justiça como se deve, não com palhaçadas e macaquices em frente câmeras de TV.

Claro que o caso causa comoção. Claro que se espera que a justiça seja feita e quem quer que tenha sido o autor ou autores dessa merda toda sejam exemplarmente punidos. Até porque na terra da impunidade, cada justiça que é feita é comemorada como final de copa do mundo. Mas tudo tem limite. Primeiro espera-se que a polícia conclua as investigações, que a promotoria pública processe os acusados e que se eles forem julgados culpados, cumpram a pena prevista.

Se isso acontecer, para mim, está de bom tamanho. Isso é o que deveria acontecer em QUALQUER caso, em QUALQUER crime e com QUALQUER pessoa. Talvez, se fosse assim, a gente não ficaria tão indignado com um caso desses, por saber que as coisas se resolveriam, culpados punidos, sociedade tranquila.

Mas, não é assim. E infelizmente, a maior dúvida que eu tenho nessa história toda não diz respeito a acusados, fatos, pistas, evidências. Eu só queria saber se a menina, em vez de linda, sorridente e de uma família de boas condições, digamos, sócio econômicas, fosse da favela, feia e da tracional família brasileira: desintegrados pela falta de grana e excesso de pinga.

Você estaria curioso como está agora?

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