22 de abril de 2008

Como fala Tucano em inglês?

Lembro que uma vez li uma declaração do FHC falando da relação do Lula com o Bush. Ele disse: "Ele prefere o Bush, eu prefiro o Clinton". Todo mundo, inclusive eu, percebeu ali a comparação de intelectos dos 4 mandatários envolvidos na conversa. Mas tem outro aspecto que está me deixando encafifado na semelhança de tucanos e democratas. Me parece que, depois da saída dos caras do poder, eles estão se especializando em fazer cagadas para perder eleições.

Por lá, esse embate da Hillary Clinton com o Barack Obama vai fortalecendo o candidato Republicano. John McCain, pelo pouco que vi, é um cara conservador, branco, já numa idade que pode se vangloriar da experiência que tem e, o mais importante de tudo, ele tem cara de presidente americano. Essa briga dos Democratas só atrasa a definição do candidato e, ao expor os podres um do outro, eles dão combustível para o rival. Sei que lá é diferente daqui, mas eu acho que até agora o único feliz com a demora na definição dos vencedores e com o pau comendo, é o candidato que já está na final, o McCain.

Por aqui, às vésperas de uma eleição municipal, já estamos vendo a tucanada dar bicada para tudo que é lado, menos para o lado certo. O Alckmin insiste em sair candidato à prefeitura de SP, concorrendo com a Marta Suplicy e com o atual prefeito, o Kassab. Cenário dos sonhos para a ministra do relaxa e goza. Quem concentria votos em um ou em outro, vai dividir e, eventualmente, acabe votando direto na candidata do PT. Essa é só a mais latente das brigas, porque trata-se das eleições mais próximas. Na âmbito federal, acontece a mesma briga, mais velada, mas também mais feroz. José Serra e Aécio Neves querem ser candidatos a presidente em 2010. Os dois, governadores de grandes, e ricos, estados, parecem não perceber que se a briga não for resolvida, e logo, corre-se o sério risco de acontecer o que aconteceu na reeleição do Lula: o partido vai rachado e enfraquecido para o embate, e aí teremos pelo menos mais 4 anos de PT ou algum coligado.

Essa falta de liderança interna é evidenciada para o povão. Que pode não entender de política, mas apesar deo discurso de democracia e liberdade, gosta mesmo é de alguém que mande.

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